sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ÍCONES DA ARTE

A comunidade de Bonfim km20 distrito de Senador Pompeu-CE, tem se destacado atualmente por ser um grande pólo de cultura e desenvolvimento artístico. Ultimamente com o apoio do instituto Casarão e outros órgãos juntos ao grupo comunitário (GACESB), vêem desenvolvendo um grandioso trabalho artístico e descobrindo grandes ícones da arte, pessoas que não tiveram e não tem a oportunidade de mostrar seu trabalho e potencial, o que realmente falta para essas pessoas é a oportunidade.

WASHINGTON ALVES
Mora na comunidade há 20 anos, é fotografo de arte e cinegrafista. Já desenvolveu vários trabalhos na área de artes visuais. “Por meio da arte de fotografar, consigo encontrar a essência da felicidade. Faço por que gosto e amo, desenhar com a luz o mais simples possível requer olhar, atenção e sensibilidade o que de certa forma transforma a pessoa em outra. O resultado final de todo o trabalho é a cara de quem o produziu o que mim torna orgulhoso no que faço.”




Foto: Washington Alves
Foto: Washington Alves
Foto: Washington Alves
Foto: Washington Alves

 
Foto: Washington Alves



CICERO CARDEONES
Membro da comunidade há bastante tempo. É desenhista, Tec.. Em arquitetura e artista plástico. “Através da pintura e das formas meus problemas e dificuldades são esquecidos e sou veiculado para outras dimensões por meio das tintas e cores.”




 
Tela:Cicero Cardeones
Foto:Washington Alves

Tela:Cicero Cardeones
Foto:Washington Alves

Tela:Cicero Cardeones
Foto:Washington Alves

Tela:Cicero Cardeones
Foto:Washington Alves
Tela:Cicero Cardeones
Foto:Washington Alves
Tela:Cicero Cardeones
Foto:Washington Alves




KLEBER PINHEIRO
Reside também na comunidade de Bonfim, é ator e desenhista. Ultimamente desenvolveu apresentações do seu material artístico. “Desenhar requer muita concentração e minudência o que torna a obra bem desejada e única, pois criar um desenho depende da imaginação.”   




 
Desenho: Kleber Pinheiro
Desenho: Kleber Pinheiro
Desenho: Kleber Pinheiro
Desenho: Kleber Pinheiro
Desenho: Kleber Pinheiro




CARLOS OLIVEIRA
Convive a bastante tempo em Bonfim km-20, é ator, humorista e escritor, busca com seu trabalho abrir a mente das pessoas para a realidade de uma forma bem diversificada com palavras, brincadeiras e piadas. “Sou mais um nesta caminhada rumo às palavras e nelas posso encontrar a profundeza do conhecimento e disseminar de várias formas.”



NOVELA TEM DESSAS COISAS.
AUTOR: CARLOS DE OLIVEIRA

Te contei? Que era uma vez, um anjo que caiu do céu.
Enviado pelo dono do mundo guiado por uma estrela guia.
Não era um anjo de mim nem o anjo mau.
Ele era o bem amado ou o pai herói.
Chegando ao pantanal percebeu laços de família entre o rei do gado e a rainha da sucata.
Ana Raio e Zé Trovão estavam na guerra dos sexos fazendo um louco amor.
Dizendo um para o outro você é minha alma gêmia.
A morininha no sol de verão, com o corpo dourado da cor do pecado.
Disse para Gabriela, não sou a indomada nem a fera ferida sou uma fera radical.
Salomé, Helena e Marina disseram para Nina e Gina que agora que são elas.
As mulheres apaixonadas Tieta e Zazá falaram que as filhas da mãe seriam as perigosas peruas.
E por causa do estúpido cupido estariam namorando o homem proibido.
Que chegou a terra nostra montado em seu cavalo de aço, com o coração alado.
Falou para cablouca. Chega mais!
Vamos tomar um champagne ou comer um chocolate com pimenta lá no marrom glacê!
Chegando a pátria minha imaginou que estivesse na América ou no paraíso.
Mais na verdade ele era a próxima vítima estava na roda de fogo com o pé na jaca.
Encontrou o ébrio de quina pra lua dizendo que pularia da torre de babel por causa de um top model.
Era o maior Deus nos acuda, um tal de ti ti ti, cambalacho, bang bang.
Pecado rasgado, pecado capital, sete pecados.
O clone andando nas nuvens, sem lenço sem documento.
Foi aí que a sucessora deu o sinal de alerta e disse: Precisamos acabar com a cama de gato, com o bicho do mato.
Mais o profeta fez a viagem e deu o grito: Bravo!
Eu prometo que vim do sétimo céu como uma onda, de corpo e alma.
Pois a lua me disse que sou livre para voar, que posso enfrentar cobras e lagartos.
Porque a minha faforita e a padrueira e que ainda não é o fim do mundo.
Pois o salvador da pátria tem a esperança e um sonho a mais que tudo isso termine numa beleza pura ou em um final feliz!



RITINHA DE OLIVEIRA
Vive há muito tempo no distrito, é cordelista, compositora, atriz e artesã. Seus trabalhos são voltados para o publico em geral, seus cordéis relembra a história local desde mitos e lendas e também fatos da época dos seus avós e pais.






A PORCA DOS ZÓIO DE FOGO

Esse fato inusitado
Que sempre escuto falar
Crendices do meu lugar
É historia maluca
Que deixa bem tonta a cuca
Não quero duvidar não
Talvez seja assombração
É um conto que se renova
Não quero tirar a prova
Dessa tal muvuca não.

Em uma cruz tão falada
No outro conto já narrado
Tião passou mau bocado
Na cruz da grande virada
Uma porca bem safada
Chamada dama da noite
Ela sempre a meia noite
Aparece triunfante
E com jeito insinuante
Atrás de alguém quem lhe acoite.

Vejam só o que aconteceu
Com seu Tião furtuoso
Que não muito corajoso
Quase de medo morreu
Foi quando lhe apareceu
A tal estranha figura
Começou sentir gastura
Era esquisita e fedia
E ele de Deus se valia
No meio da noite escura.

Sabendo da tal história
 Eu logo lhe procurei
Esse fato registrei
Lhe dando total valor
Vi nos seus olhos pavor
Quando pedi pra contar
E seu Tião a me encarar
Um baquinho ele puxou
Com caltela me falou
Sente que vou lhe contar
Tem quem não me dê razão
Pra oque agora vou contar
Não preciso exagerar
Eu não tou inventando não
E foi a maior aflição
Dos anos que Deus mim deu
Quando a bicha apareceu
Meu coração ficou um frande
Foi mesmo o medo mais grande
Que esse cristão já viveu.

Pense num medo tamanho
Quando a porca apareceu
O pânico me envolveu
Parecia atormentada
Ela me olhava espantada
Era esquisita e por fim
Se rebolava pra mim
Bicho assim não vi nenhum
Roncava num rum, rum, rum
Fazia zunido de orca
Convenhamos que pra porca
Não é atitude bem comum.

Boteimeus pés pra correr
A porca me acompanhando
Já tava troupo ficando
Quase pra desfalecer
Sempoder me defender
A tal porca se lambendo
Talvez a porca querendo
Muito mais intimidade
E pedi a santa trindade
Que ficasse me valendo.

Valei senhor do bonfim
Meu querido padroeiro
Que bicho mais desordeiro
Venha em socorro de mim
Pois se não vai ser meu fim
A coisa ta mim pegando
Confesso que tou ficando
Úmido e já estou fedendo
O liquido ta escorrendo
Eu não tou mais agüentando.